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A Dedini Indústrias de Base está construindo 23 das 26 novas usinas de álcool da primeira etapa de um projeto arrojado, que pretende dar ao país um total final de 73 novas unidades produtoras do biocombustível até a safra 2010/2011. A participação da Dedini em todo o projeto deve acompanhar essa primeira etapa, ou seja, ela deve construir 90% das unidades e projetar ainda mais seu nome como uma das maiores fabricantes de equipamentos do setor sucroalcooleiro no mundo. O negócio milionário deve gerar, só na primeira etapa, algo em em torno de R$ 1,6 bilhão para a Dedini.

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O projeto de construção de usinas no Brasil foi apresentado na semana passada à Câmara Setorial Açúcar e do Álcool, pelo vice-presidente de operações da Dedini Indústrias de Base, José Olivério. A idéia do setor é garantir produção suficiente para atender a uma demanda projetada e crescente de álcool, motivada especialmente pelo consumo interno do produto, que foi alavancado pelos carros com os chamados motores flexíveis, que rodam com álcool e gasolina.

Segundo o estudo apresentado à câmara e ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, as 73 usinas serão capazes de atender o crescimento previsto de 82% do mercado de álcool, e produzir pelo menos mais 12 bilhões de litros, que vão completar a produção atual 14,5 bilhões de litros/ano.

Em média, a instalação total de uma planta para a produção de álcool (incluindo terraplanagem, fundação, montagem, equipamentos, escritório, entre outros), está orçada em R$ 140 milhões. Só os equipamentos correspondem a 50% desse montante, ou seja, R$ 70 milhões.

“Neste primeiro momento, estão sendo construídas usinas de vários tamanhos, que moerão a média de 1,5 milhão de tonelada de cana-de-açúcar. Nossa participação na produção deve alavancar o crescimento na empresa, algo em torno de 18% frente ao montante de 2005”, diz Olivério.

Em números, esse crescimento projeta um faturamento de pelo menos R$ 140 milhões frente ao ano passado, quando a Dedini fechou com lucro de R$ 700 milhões.

Segundo o vice-presidente da Dedini, além das usinas em construção, mais 29 unidades estão em fase final dos estudos para implantação e 18 em fase de levantamento de custos.

Conforme Olivério, o total de 73 usinas vai consumir uma produção de aproximadamente 570 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, previstas para a safra 2010/2011. Isso vai significar uma produção 184 milhões de toneladas a mais que a safra 2005/2006, que foi de R$ 386 milhões de toneladas.

Em nível de Brasil, os investimentos previstos para atender a esse crescimento estão estimados em R$ 14 bilhões no caso das destilarias e mais R$ 7 bilhões somente na expansão da área agrícola. Animado com as projeções do setor, o ministro Roberto Rodrigues, recomendou à Câmara Setorial que elabore um projeto para esse horizonte de investimentos

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