No meu dia a dia como recrutadora, tenho conduzido processos de recrutamentos de posições para as quais ter algum conhecimento de inteligência emocional é um diferencial. Para cargos de liderança, cada um pode ter um estilo próprio, mas a demanda por gestores mais humanizados é uma realidade sem volta. O mercado não tolera mais líderes extremamente autocráticos, ditadores…
Sabemos que esse olhar para as emoções, porém, ainda é tímido na preparação dos líderes. Profissionais e empregadores reconhecem que é um tema importante, mas na prática poucas organizações têm programas para ajudar no desenvolvimento desse tópico.
Ressalvo também que não é somente responsabilidade das organizações, e sim do indivíduo, trabalhar para melhorar a própria inteligência emocional. Deve ser meta de cada um. Todo indivíduo deve ser responsável por querer ser melhor como pessoa e profissional por meio da capacidade de lidar com emoções. A empresa dará ferramentas para condução do desenvolvimento, mas nada adianta se o indivíduo não estiver aberto para tal.
Cito aqui 4 competências que fazem a DIFERENÇA em sua LIDERANÇA!
- Autoconsciência – Ter compreensão profunda das próprias emoções, forças, fraquezas, necessidades e impulsos. Envolve também conhecer seus próprios valores e suas metas.
- Empatia – É saber levar em conta o sentimento de outras pessoas para a tomada de decisão. Não tem a ver com ser sentimental, tentar agradar a todos ou adotar as emoções dos outros como sendo suas. Tem relação com a capacidade de entender os sentimentos e pontos de vista das pessoas para saber como agir e direcionar as equipes.
- Autogestão – É saber escolher as palavras, os sentimentos e os impulsos com cuidado mesmo em momentos de raiva ou decepção.
- Habilidades Sociais – Ter a capacidade de se relacionar com as pessoas. Não é apenas a cordialidade, mas também saber direcionar as equipes no dia a dia, negociar para chegar a um denominador comum com pessoas de todos os perfis. Profissionais socialmente hábeis são fortes em networking e no desenvolvimento de círculos amplos de relacionamento.
Essas competências fazem toda a diferença na hora de influenciar pessoas. A Inteligência Emocional, diferentemente de QI e habilidades cognitivas é algo que pode ser aprimorado e desenvolvido. É um investimento que vale muito a pena não só para nossa carreira bem como para nossa vida.
Vivian Roncon Lanzoni Menichetti é Psicóloga, Consultora Especialista em Gestão de Pessoas e Conselheira do COMESPI