Área Restrita Carreiras
Outubro Rosa: live alusiva ao Movimento traz especialista sobre a prevenção do câncer de mama

O Simespi segue com o cronograma de temas que estariam nos cursos presenciais oferecidos em sua unidade. Por conta da pandemia de Covid-19, esses conteúdos precisaram passar por uma adaptação e foram transformados em lives.

 

Na noite de ontem, 21, a jornalista e assessora de imprensa da entidade, Luciane Anhão, conversou com a enfermeira obstetra, responsável pela área materno-infantil do Hospital Unimed Piracicaba, Dayse Patrícia Ruiz de Araújo Feitosa, sobre os mitos, verdades, benefícios sociais para mulheres que possuem a doença, fatores de risco, formas de prevenção e autoexame. “O caminho é a informação para que as pessoas acessem a prevenção”, iniciou Dayse.

Algumas perguntas foram direcionadas a profissional, acompanhe:

 

Quais são os principais fatores de risco?

 

Algumas linhas de fatores de risco: Meio ambiente (ambiente em que essa mulher está imbuída), obesidade, sedentarismo, alimentos ultraprocessados e industrializados em excesso, consumo de bebida alcóolica e exposição exagerada ao raio-x. Há também os fatores relacionados à história da mulher: menopausa tardia, mulheres sem filhos, menstruação antes 12 anos e o uso de contraceptivos em excesso, além do histórico familiar.

 

Dayse aproveitou para chamar atenção nesse ponto sobre o histórico familiar para acalmar as mulheres. “Não é uma sentença de morte, primeiro de tudo, é uma luz amarela. Apenas uma atenção a mais. Quando você fizer sua consulta regular, o seu médico precisa ter essa informação para saber qual é o momento para que você faça o exame de rastreio.”

 

Quais são os sinais/sintomas do câncer de mama?

 

As mulheres precisam observar se tem algum caroço/nódulo endurecido no seio que, geralmente, é indolor, mamilo em formato diferente (retraído), saída de secreção pelo mamilo e alteração na pele da mama (aspecto de casca de laranja). Ao perceber esses sinais é importante que a mulher procure um médico sem protelar.

 

Lembrando que o nódulo é o sinal mais claro de que algo não está certo com a mama, desse modo, é preciso procurar um médico imediatamente.

 

Dayse recomenda o rastreio desses sinais, para isso, realizar a mamografia em mulheres dos 40 aos 64 anualmente é essencial. “A mamografia é como um raio-x da mama e vai identificar a presença de algum nódulo e de alguma alteração que, às vezes, não é palpável.” Luciane completa que é preciso conhecer sua mama.

 

Existe a contradição entre a Sociedade Brasileira de Mastologia e o Inca (Instuto Nacional do Câncer), gostaríamos de saber qual a sua recomendação?

 

O Inca recomenda que a mamografia seja feita a cada 2 anos pelas mulheres entre 50 a 69 anos e, a Sociedade recomenda anualmente para mulheres entre 40 a 64 anos. O Inca foca no grupo mais incidente, já a Sociedade, tem a preocupação com as mulheres abaixo dessa idade também. Eu recomendo fazer anualmente e a partir dos 40 anos.

 

Existem mulheres que fazem uma vez a mamografia e não voltam mais por conta do incômodo do exame, qual é o seu recado para elas?

 

Não desista! O câncer tem cura, ainda mais se a gente faz a detecção precocemente. Com relação ao desconforto, não é gostoso, mas também não é insuportável, temos que procurar profissionais atenciosos. Hoje os equipamentos são mais modernos, são menos invasivos, menos desconfortáveis. A mamografia é o padrão ouro da detecção.

 

Coloque um lembrete para você sempre se cuidar, seja a mamografia, seja o papa-nicolau, é preciso fazer seus exames regularmente.

 

Qual a diferença entre o exame na rede pública e rede privada?

 

Todo mundo tem acesso ao exame. Além da possibilidade de agendar pelos dois sistemas, também há as ONG’s.

 

Quais são os benefícios sociais que o paciente pode buscar do governo?

 

É importante que as pessoas busquem seus direitos como cidadãos. A pessoa com câncer tem vários direitos que o governo disponibiliza, inclusive pagamento, serviços de apoio do INSS.

 

A Unimed conta com um apoio multidisciplinar para quem acompanhar o paciente. Conta melhor isso para a gente.

 

Nós temos os grupos de nutrição, que contribuem principalmente a questão preventiva. Temos os serviços de fisioterapia, psicologia e enfermagem também, além do aconchego que foca na questão do aleitamento materno que também é preventivo ao câncer de mama, as mulheres que amamentam reduzem a incidência de desenvolver a doença.

 

A live na íntegra está disponível no feed de notícias do Instagram e também em nosso canal no Youtube. Lembrando que você pode compartilhar o conteúdo fazendo com que esse importante bate-papo cheio de informações valiosas sobre o câncer de mama chegue até mais pessoas. A informação é a melhor arma para previnir e conscientizar todos sobre a doença.

 

Deixe um comentário