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ESG e Responsabilidade Socioambiental

O universo da gestão empresarial tem se mostrado muito dinâmico, exigindo dos gestores atenção e capacidade de adaptação constantes. Como exemplos, podem ser citados, além de outros, a informatização dos processos contábeis, transformações constantes do conjunto de legislações aplicáveis aos negócios, como aquelas que atualmente regem o sistema previdenciário e de proteção de dados, além das variações dos modelos políticos que tanto afetam as variações dos índices econômicos. Qualquer desatenção pode fragilizar a empresa expondo-a à sansões penais e outras diligências opressoras de suas atividades econômicas.

Atualmente, as questões relacionadas à sustentabilidade vêm ganhando atenção e já é uma realidade para um conjunto expressivo de empresas. Apesar de não tão recente assim, o termo que vem balizando as práticas de sustentabilidade no campo de gestão empresarial é a sigla ESG e a Responsabilidade Socioambiental, nomenclaturas diferentes com significado semelhantes que impactam as empresas de forma similar. Nesse texto, será usado apenas a sigla ESG, mas o significado também compreende o termo Responsabilidade Socioambiental.

ESG significa, traduzindo do inglês, Environmental (Meio Ambiente), Social (Social) e Governance (Governança) e representa três pilares no qual se apoia um novo modelo de gestão que trás consigo novos valores a serem incorporados, principalmente aqueles que buscam verificar se determinada atividade econômica cumpre metas de consciência social, sustentabilidade ambiental e um modo de gerenciamento correto na busca pela obtenção de lucro. Ou seja, existe a preocupação de se avaliar o desempenho da empresa para além das métricas financeiras.

Adotar práticas ESG é de fundamental importância para a melhoria do desempenho da empresa e afeta fortemente o seu posicionamento no mercado. Isso ocorre porque o próprio mercado evoluiu em direção ao aumento das exigências por parte de todos os interessados, sejam eles investidores, consumidores, clientes e colaboradores. Nesse cenário, as atenções se concentram nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU 2030) e o desenvolvimento de políticas internas abrangentes que compreendam questões ambientais, sociais e corporativas tornou- se uma necessidade para todos os tipos de negócios. Também denominado de Capitalismo de Stakeholder os modelos de negócios baseados em práticas ESG também se preocupam em ditar aos interessados o nível de consciência empresarial sobre os impactos gerados por suas atividades sobre as pessoas e o planeta, se tornando um diferencial que agrega vantagem competitiva no mercado. Hoje, dependendo do segmento em que atuam, as empresas que não adotam essas práticas já se mostram desqualificadas perante seus principais concorrentes.

Sob o ponto de vista ambiental, o “E” da questão, as empresas devem amadurecer seu sistema de gestão ambiental, conduzindo-o do plano meramente operacional – aquele que visa cumprir apenas as exigências dos órgãos ambientais, para níveis estratégicos, ou seja, incorporar a sustentabilidade concretamente como uma ferramenta de gestão, uma cultura organizacional. O pilar ambiental revela as boas práticas direcionadas ao meio ambiente e aos recursos naturais, ou seja, ações desenvolvidas para garantir o crescimento sustentável e redução dos impactos ambientais provenientes das atividades da empresa. Dentre os temas mais relevantes que podem ser adotados inicialmente despontam aqueles relacionados ao “Compliance Ambiental” – entendido como o grau de atendimento às legislações ambientais; gestão de resíduos e a promoção da economia circular; racionalização do consumo de água e energia; questões climáticas, considerando como a empresa lida com a geração de gases do efeito estufa (GEE) e biodiversidade.

O pilar social (S) compreende as ações da empresa no âmbito das questões sociais e nas relações da empresa com os funcionários, público-alvo e a sociedade. Nesse pilar as ações empresariais podem se voltar para a garantia da diversidade da equipe de trabalho, inclusão social, direitos humanos, prevenção ao assédio, políticas salariais, promoção de melhorias do ambiente de trabalho entre muitos outros.

Por fim, o pilar governança (G) se preocupa com o desempenho da gestão e administração da empresa, considerando fatores e ações que a empresa adota, tais como transparência e ética nos negócios, políticas e ações anti corrupção, existência de canais de denúncias, auditorias entre vários outros.

De forma geral, a forma como a empresa lida com cada pilar das práticas ESG e de Responsabilidade Socioambiental melhoram o posicionamento e a imagem da empresa perante seu público, facilitando o cumprimento dos objetivos do planejamento estratégico. Portanto, ESG é muito mais que uma cultura de compensação, mas visa melhorar o desempenho dos negócios como um todo, elevando a gestão para patamares que a colocam em conformidade com critérios indispensáveis e em pauta no mercado.

A Empresa de Inteligência Ambiental e Social (EIAS Consultoria Ambiental) possui mais de 10 anos de experiência ofertando serviços técnicos em meio ambiente para que outras empresas melhorem seu desempenho ambiental. Nessa década de atuação, atuamos junto à dezenas de outras empresas proporcionando a sustentabilidade por meio do compliance ambiental e da mitigação de diversos impactos ambientais provenientes de atividades econômicas distintas. Auxiliamos a gestão de seus resíduos, dos recursos hídricos e promovemos o incremento da biodiversidade e da conectividade por meio da produção e da restauração florestal. Recentemente, nos unimos a outras empresas parceiras para somar competências e atender nossos clientes em Práticas ESG e de Responsabilidade Socioambiental. Como empresa parceira do SIMESPI, a EIAS Consultoria Ambiental disponibiliza suas competências de forma ordenada e sistematizada para auxiliar as empresas associadas a desenvolver suas práticas ESG e se fortalecerem nesse mercado em constante transformação.

 

Wilson Marcelo da Silva Júnior é biólogo, mestre em Ciências Florestais, doutor em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa/University of East Anglia (UK), diretor técnico da Empresa de Inteligência Ambiental e Social (EIAS Consultoria Ambiental)