Área Restrita Carreiras
Abracerva discute reforma tributária com cervejarias locais

O mercado cervejeiro, especialmente o artesanal, está atento aos impactos que a Reforma Tributária poderá causar nos preços dos produtos. Na semana passada, o APLCerva (Arranjo Produtivo Local de Máquinas, Equipamentos e Serviços Industriais para Cervejarias) e a Piracerva (Associação das Cervejarias de Piracicaba e Região) participaram de uma reunião a convite de Gilberto Tarantino, presidente da Abracerva (Associação Brasileira de Cervejaria Artesanal) e presidente da Câmara Setorial da Cerveja, do Ministério da Agricultura. O encontro on-line foi organizado por Carlos Alberto Zem, consultor de projetos especiais do Simespi (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras) e responsável pelo projeto de criação do APLCerva.

De acordo com Tarantino, nem todos estão atentos aos reflexos que a reforma tributária aprovada pelo Congresso – e que será implementada entre 2027 e 2033 – causará no valor da cerveja. “Consideramos muito importante incluir Piracicaba nessa mobilização, porque a cidade tem uma enorme relevância na cena cervejeira do estado de São Paulo e do país “, justifica.

O presidente da Abracerva afirma que a reforma tributária tem alguns pontos sensíveis. “O principal deles é o Imposto Seletivo, também chamado de ‘imposto do pecado’, que vai incidir sobre produtos como cigarro, bebidas, açúcares e outros que possam impactar a saúde”, comenta. Outro ponto polêmico está na taxação das bebidas pelo teor alcoólico. “A Abracerva defende o que está hoje em vigência, ou seja, que o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) seja cobrado com base no teor alcoólico sobre cervejas, vinhos e destilados”, reforça.

De acordo com Tarantino, a Abracerva tem uma pauta com três reivindicações relacionadas à reforma tributária. “A primeira é que as empresas de bebidas que estejam enquadradas no Simples não sejam incluídas no Imposto Seletivo. A segunda reivindicação é que a tributação continue sendo feita com base no teor alcoólico e, a terceira, que as empresas que não estejam enquadradas no Simples sejam taxadas de acordo com o volume de produção”, enumera. O aumento do teto do Simples é também uma reivindicação das cervejarias. As pautas, segundo ele, já ganharam o apoio das três maiores cervejarias do país (Ambev, Heineken e Cervejaria Petrópolis).

“Estamos convictos de que tanto o APLCerva como a Piracerva podem dar uma grande contribuição ao ampliar essa pauta e acionando seus contatos em Brasília, a fim de levar nossas reivindicações”, completa Tarantino.

Para Carlos Alberto Zem, o encontro entre cervejarias locais e a Abracerva, organizado pelo APLCerva, traz como resultado direto a contribuição dos agentes da indústria local ao movimento da indústria cervejeira, que está voltado conscientização sobre os impactos que a reforma tributária causará tanto no preço do produto, como também a outros elementos que compõem a cadeia da indústria cervejeira no Brasil.

 

Assessoria de Imprensa Simespi

Equipe Engenho da Notícia

Cristiane Sanches (9.9183-1025 / comunica@simespi.com.br)

Marcelo Basso (9.9747-5586 / marcelo@engenhodanoticia.com.br)

Simespi – (19) 3417-8600